A Escola Estadual Custódio da Silva Lemos promove uma ponte entre ensino e prática com aulas de campo
Fortaleza No distrito de Guanacés, zona rural de Cascavel, a vida é simples e pacata. Muitas famílias vivem da agricultura e da pecuária, e recentemente a instalação de uma indústria de beneficiamento de couro tem atraído boa parte dos jovens para a atividade de operário.
Num local distante da cidade, onde não costuma haver muitas opções de lazer e o acesos à tecnologia não é tão fácil, a escola acaba se tornando um núcleo aglutinador para toda a comunidade. Este é o caso da Escola Estadual Custódio da Silva Lemos, que por meio de diversos projetos busca agregar práticas e saberes ao conteúdo pedagógico regular.
Criada em 1996, a escola ocupa uma área de quatro mil metros quadrados e atende mais de 600 alunos que moram nos distritos rurais da região. Possui a mesma estrutura de outras escolas estaduais, com salas de aula, quadra poliesportiva, laboratório interdisciplinar de ciências, laboratório de informática e centro de multimeios.
Mas o diferencial da Escola Custódio da Silva Lemos se configura nas iniciativas para promover a integração da escola com o meio em que os alunos vivem. "Uma das vantagens em se trabalhar na zona rural é ter a possibilidade de um contato mais próximo com os alunos e suas famílias. E exatamente por estar numa área com essas características, em que as pessoas vivem de atividades agrícolas, procuramos trabalhar junto aos alunos questões ligadas à educação ambiental e à agroecologia", relata o diretor da escola, Francisco Cézar da Costa.
Um dos projetos envolve a realização de aulas de campo na própria região. Os estudantes conhecem melhor o ecossistema em que estão inseridos, a diversidade das espécies de plantas e animais, como também refletem sobre as consequências da intervenção indiscriminada do homem no meio.
"Costumamos fazer com os estudantes visita ao local onde há o encontro do Rio Choró com o mar, que fica a cerca de 20km da sede da escola. Acredito que essas aulas de campo quebram um pouco a rotina da sala de aula. Os alunos passam a ter uma outra perspectiva dos conteúdos dos livros quando defrontam essas informações com a realidade do meio em que vivem", pontua o diretor.
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