domingo, 11 de maio de 2014

25 de Março - Data Magna

O Estado do Ceará comemorou neste ano, pela terceira vez, o dia 25 de março como Data Magna.
A celebração deve-se ao fato de em 25 de março de 1884, quatro anos antes da assinatura da Lei Áurea, a escravidão ter sido abolida em toda a província do Ceará. Nosso Estado foi palco de relevantes movimentos abolicionistas, que denunciavam, pela imprensa, os abusos cometidos pelos senhores de escravos e combatiam o comércio negreiro entre estados.
A EEFM Custódio da Silva Lemos não hesitou em apresentar suas homenagens nos três turnos. Pela manhã a professora Morganha Carla Magalhães, comentou a importância da data, focando a história das lutas dos negros no Brasil e fez ainda um paralelo com a atualidade. Falou ainda da importância das conquistas obtidas pelos movimentos negros, do quilombo dos Palmares e da ascensão do negro em todo o mundo e que jovens do Brasil e do mundo estão perdendo a liberdade para as drogas, para a criminalidade e também para a prostituição. A professora fechou seu discurso, mostrando que há apenas dois caminhos para se alcançar a liberdade: o conhecimento e a vivência da Palavra de Deus.










No período da tarde, o professor da UECE (Universidade Estadual do Ceará) Carlos Holanda fez o resgate histórico e enfatizou a importância da data como uma oportunidade para lembrar todos aqueles que lutaram pela liberdade e a democracia. Ressaltou que o Ceará é muito mais do que a Terra da luz, sendo denominado de ‘Berço da Liberdade’ pelo abolicionista José do Patrocínio. Carlos explicou que no dia 1º de janeiro de 1883 a Vila do Acarape, atual Redenção, emancipou seus escravos quase um ano antes da província do Ceará. Assim, o município é conhecido como Rosal da Liberdade. Comentou ainda, que essa atitude dos antepassados cearenses, há mais de 100 anos, tem repercussão hoje, pois, devido ao fato histórico, Redenção é sede da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). 
À noite, a professora Morganha Carla repetiu o discurso feito pela manhã, seguido dos comentários feitos pela coordenadora Veridiana Farias que na ocasião falou da campanha da fraternidade: TRÁFICO HUMANO – É para a liberdade que Cristo nos Libertou. Veridiana fez um breve comentário dando como exemplo o episódio ocorrido com alunos da escola onde um falso “olheiro” tentou ludibriar nossos alunos e suas famílias, prometendo sucesso e ingresso direto nos grandes clubes nacionais de futebol.
A Escola encerrou suas homenagens com uma apresentação teatral realizada pelos alunos das turmas do 3º Ano C, com participação da turma do 1º Ano C, onde representavam criticamente um diálogo entre os senhores donos dos escravos, a princesa Isabel e, ao fundo, representantes de escravos.


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