quinta-feira, 26 de março de 2015

REDAÇÃO ENEM 2015: VARIEDADES LINGUÍSTICAS

Caro leitor,
Imagine que, em um mesmo dia de sábado, você tem dois compromissos: um churrasco na hora do almoço, em uma chácara com piscina e, à noite, um casamento religioso e a recepção em um salão de festas. Você iria com a mesma roupa nos dois eventos?
As normas de etiqueta e de decoro (relativo ao comportamento) nos orientam, juntamente com o bom senso, a não irmos com a mesma roupa a um churrasco na hora do almoço e a um casamento à noite, pois o primeiro evento é de caráter informal e o segundo é de caráter formal. Ao churrasco, podemos ir com roupas informais e do dia a dia, até podemos levar roupas de banho, pois, no nosso caso, há uma piscina que é sempre bem vinda. Por outro lado, o casamento requer uma vestimenta formal, no mínimo um traje esporte fino (dependendo do desejo dos noivos, diga-se de passagem), pois trata-se de uma cerimônia religiosa (a qual devemos respeitar, inclusive, na nossas escolhas de roupa) e de uma festa mais elaborada.
Agora, prezado leitor, imagine que você, em um mesmo dia, tem uma entrevista de emprego no fim da tarde e um amigo lhe convidou para ir a um barzinho no início da noite. Você pode até ir com a mesma roupa em ambos os compromissos, já que um será em seguida do outro e talvez não haja tempo para passar em casa, tomar um banho e trocar de roupa (os homens podem tirar a gravata e as mulheres podem realçar a maquiagem, por exemplo, para irem ao barzinho), mas em relação a linguagem, você falaria com o entrevistador do mesmo jeito que conversa com o seu amigo?
A Linguística diz que não. Há duas modalidades de língua, a oral e a escrita e, em paralelo, há duas variedades: a formal e a informal. Dentro dessas variedades, há outras mais relacionadas a aspectos geográficos (urbana e rural), de gênero (homem e mulher e as gírias dos diversos grupos de representação como gays, transexual, travestis etc), sociais, econômicos dentre outros.
Assim, devemos seguir as modalidades e as variedades requeridas pelo contexto no qual estamos inseridos. Em uma entrevista de emprego, por exemplo, devemos falar de modo formal, já que estamos conversando com alguém que está nos avaliando e que, provavelmente, caso a entrevista seja positiva, será o nosso superior na hierarquia da empresa. Já em um encontro com amigos em um barzinho, por exemplo, estaremos conversando com uma pessoa igual a nós, isto é, do mesmo nível e, portanto, podemos falar de modo informal.
variedades-lingusticas
O mesmo ocorre ao escrevermos. Você escreveria, na mesma variedade linguística, uma mensagem por e-mail para o seu professor da universidade e outra mensagem para um amigo? Não. Apesar de ambas estarem na modalidade escrita, as variedades podem ser diferentes e são, pois sempre tendemos a nos adequarmos à situação de comunicação.
Em uma mensagem para o professor da universidade, devemos nos dirigir com polidez, com respeito, ou seja, de maneira formal; já em uma mensagem para um amigo, também devemos mostrar respeito, mas podemos fazê-lo com mais intimidade, carinho e, portanto, de maneira informal.
Esses exemplos foram postos para fazermos com que você, leitor, reflita acerca da variedade linguística existente no Brasil e sobre como devemos nos adequar nas mais diversas situações de comunicação, orais e escritas, nas quais estamos envolvidos no nosso dia a dia.
Na redação do ENEM 2015, por se tratar de uma situação avaliativa na qual devemos escrever uma dissertação-argumentativa, isto é, um tipo textual de caráter escrito e formal, devemos atentar às regras gramaticais da Língua Portuguesa e seguir determinados padrões. Não devemos escrever gêneros formais como escrevemos gêneros informais, para interlocutores íntimos.
Durante a semana passada, o Jornal Hoje, da rede Globo, exibiu uma série de reportagens a respeito da língua que falamos no Brasil e tratou, de maneira quase inédita, das variedades linguísticas brasileiras. O “quase inéditas” deve-se ao fato de haver, nas reportagens, entrevistas de linguistas como Ataliba Teixeira de Castilho (professor da USP e UNICAMP) e Rodolfo Ilari (UNICAMP) explicando que não há certo e errado e sim adequado e inadequado dependendo do contexto da situação de comunicação no qual estamos inseridos. Falas de linguistas, normalmente, não são incluídas em matérias jornalísticas sobre língua e linguagem no nosso país; esperemos que esse seja o início de uma mudança.
Deste modo, caro leitor, esperamos que tenhamos contribuído para a sua reflexão acerca da adequação no momento de falar e escrever.

Dica de Linguagens e Códigos – Elementos da Comunicação

O caderno de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias do Enem consiste em questões de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Arte e alguns conhecimentos interdisciplinares. Dentro da área de Linguagem, um dos assuntos mais importantes que auxilia tanto diretamente como indiretamente para interpretação de texto e redação é a Teoria da Comunicação.

Toda comunicação tem como objetivo principal transmitir uma mensagem de maneira eficaz, ou seja, se fazer entender. Não existe uma única maneira de fazer isso. Uma mesma mensagem pode ser transmitida de várias formas, por exemplo, de maneira formal ou informal, com mensagem escrita ou oral, verbal ou através de imagens.
Afinal, como se dá o processo de comunicação? Para a comunicação ser efetiva, é necessário que seis elementos atuem concomitantemente. Nesta matéria você aprenderá a função e como reconhecer cada um deles. Confira o esquema e a descrição abaixo:
comunicacao
  • Emissor: aquele que emite a mensagem.
  • Receptor: aquele a qual a mensagem se destina.
  • Mensagem: conteúdo transmitido.
  • Canal: meio utilizado para transmitir a mensagem. No caso da fala, o canal é o ar, no qual as ondas do som são transmitidas; se a mensagem é escrita, o canal é o papel etc.
  • Código: são os elementos utilizados para codificar uma mensagem. Idiomas e sinais são códigos. Quando falamos ou escrevemos no Brasil, a Língua Portuguesa é o código utilizado. Ao dirigir, placas e as luzes do semáforo são códigos utilizados para sinalizar algo, por exemplo, sabemos que “verde” significa “siga em frente” e “vermelho” significa “pare”. Braile e Libras também são códigos, e assim por diante.
  • Referente: é o contexto ou situação utilizados para dar sentido a uma mensagem. Nada adianta haver um emissor transmitindo uma mensagem em um determinado código para um receptor através de um canal, todos não estiverem sob um mesmo contexto. Não haverá entendimento. O contexto geralmente é um aspecto cultural, havendo variação dependendo da região, da geração (idade das pessoas envolvidas) etc.

quarta-feira, 25 de março de 2015

DIA 25 DE MARÇO - FERIADO ESTADUAL NO CEARÁ

No dia 25 de março comemora-se a Data Magna do Ceará. A Emenda Constitucional que instituiu o feriado, de autoria do deputado Lula Morais, foi aprovada pela Assembleia Legislativa em 1º de dezembro de 2011, sendo promulgada e publicada no Diário Oficial do Estado em 6 de dezembro de 2011.





Abolição

O estado do Ceará foi a primeira província do Brasil a abolir a escravidão, em 25 de março de 1884. Um anos antes, no dia 1º de janeiro de 1883, a Vila do Acarape, atual município de Redenção, a 55 Km de Fortaleza, libertou os escravos um ano antes da província do Ceará.



INSCRIÇÕES DO SISUTEC 2015 SÃO ADIADAS PARA 05 DE MAIO


Conforme anúncio do Ministério da Educação (MEC) no início do ano, as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), referente ao primeiro processo seletivo de 2015, teriam início nesta terça-feira (24). Entretanto, no mês passado a Setec (secretaria responsável pelo ensino técnico), publicou edital alterando o prazo de inscrições no programa, que agora será entre 5 e 8 de maio.
Por este motivo, estudantes que acessarem o endereço eletrônico do sistema (sisutec.gov.mec.br) na data de hoje serão redirecionados para o site do MEC. Vale esclarecer que muitos candidatos não devem ter ciência desta alteração, uma vez que Assessoria de Imprensa do ministério sequer divulgou uma nota oficial informando a notícia.

Com a mudança promovida pelo MEC, todo o calendário do Sisutec 2015 fica alterado. O resultado com a lista dos aprovados em primeira chamada por exemplo, anteriormente marcado para a data de 1° de Abril, agora ocorrerá em 13 de maio. Os convocados nesta fase terão prazo entre os dias 18 e 20 de maio para confirmar matrícula junto a instituição.

Como de costume, uma segunda chamada também será realizada. Conforme o novo cronograma, a previsão é para 22 de maio, com registro acadêmico dos selecionados no período de 25 a 27 do mesmo mês.
 
Cronograma Sisutec 2015
EventoData
Inscrições5 a 8 de maio
1ª Chamada13 de maio
Matrícula 1ª Chamada18 a 20 de maio
2ª Chamada22 de maio
Matrícula 2ª Chamada25 a 27 de maio
Inscrições Vagas Ociosas2 a 16 de junho
Início das Aulas17 de junho
 
Ainda segundo as regras do Sisutec, as inscrições para prováveis vagas remanescentes devem ocorrer no intervalo entre os dias 2 e 16 de junho, devendo ser efetivadas exclusivamente pela internet. O início das aulas ocorrerá no dia 17.


O Sisutec seleciona novos alunos para vagas em instituições públicas e privadas de ensino técnico, fazendo parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). As notas do Exame Nacional do Ensino Médio serão aproveitadas como critério de seleção, no caso da próxima edição o desempenho no Enem 2014 será utilizado.
Para acompanhar o processo seletivo completo do Sisutec 2015, fique atento e continue acompanhado o nosso blog.

SAIBA COMO AS NOTAS DO ENEM SÃO USADAS NO VESTIBULAR

Hoje não resta dúvidas que o maior vestibular do Brasil é o Exame Nacional do Ensino Médio. Inúmeras universidades, públicas e privadas, oferecem cada vez mais vagas utilizando as notas do Enem como forma de ingresso em seus cursos.
Apesar de todo o foco e importância que o exame nacional possui, muitos candidatos que prestarão as provas no final do ano não sabem como seu desempenho no Enem será aproveitado pelas centenas de instituições de ensino superior em todo o país.
Para lhe deixar por dentro do assunto, reunimos neste artigo as diferentes formas que o exame pode ser utilizado nos diversos vestibulares, bem como exemplos de universidades em cada situação. Confira:

Sisu – Sistema de Seleção Unificada

O Sisu consiste num ambiente virtual gerenciado pelo Ministério da Educação, que utiliza exclusivamente a última edição do Enem como meio de seleção para as vagas oferecidas pelas universidades públicas participantes. Funciona como uma espécie de leilão, no qual as melhores notas ficam com as vagas. Exemplo: UFRJ e UFMG, entre outras.

Substituindo o Vestibular (Critério único)

A utilização do Enem em substituição ao vestibular também pode ser feita de maneira independente do Sisu. Neste caso, o resultado do exame também consiste no único critério de aprovação, porém a universidade em questão é quem organiza o processo, determinando o cronograma e valor da inscrição, se houver. Ex: UEAP e Unir.

Combinando Sisu com o Vestibular

Algumas universidades públicas utilizam um sistema combinado, em que parte das vagas é preenchida via Sisu, enquanto o restante é ocupado por meio de seu vestibular tradicional ou sistema de avaliação seriada. Ex: UFV.

Combinando Enem com o Vestibular, Sem o Sisu

Algumas instituições trabalham com processo seletivo inteiramente próprio, porém oferecem aos candidatos duas possibilidades de ingresso: vestibular e / ou Enem. É o caso de muitas faculdades particulares, como o Insper (SP).

Como Primeira Fase do Vestibular

Outras faculdades / universidades, por sua vez, aproveitam o despenho dos candidatos no exame nacional como primeira fase de seus respectivos vestibulares. Aplicam posteriormente uma segunda etapa elaborada internamente, que normalmente exige conhecimentos específicos relacionados ao curso em questão. Ex: UFES.

Complementando a Nota do Vestibular

Por fim, algumas universidades aderem ao Enem utilizando sua nota para complementar uma porcentagem reduzida da pontuação final do candidato, como uma espécie de bônus. É o caso de algumas das principais universidades do estado de São Paulo, como Unicamp e Unesp.

segunda-feira, 23 de março de 2015

DICAS DE LEITURA ENEM 2015 – PROTESTOS POLÍTICOS

O último final de semana foi marcado por muitas manifestações políticas. Entre os principais tópicos discutidos apareceram corrupção, impeachment e intervenção militar, que possivelmente devem cair no ENEM 2015. Por isso, separamos alguns conteúdos para você entender melhor como esses processos funcionam e as origens e motivos de algumas reivindicações.

Corrupção

Tirinha Corrupção
O historiador Leandro Karnal comenta sobre o processo de corrupção estrutural no Brasil nesse trecho de uma entrevista para o Jornal da Cultura em dezembro de 2014. Em menos de 3 minutos de vídeo, Karnal dá uma aula sobre corrupção.Confira.
Para prolongar a discussão sobre a corrupção estrutural, vale a pena ler esse artigo escrito pelo deputado federal pelo PSOL-RJ Jean Wyllys na Carta Capital. Leia aqui.

Intervenção militar

A Revista Superinteressante criou uma linha do tempo super bacana para explicar o período de Ditadura Militar no Brasil. Além disso, você pode realizar um teste que simula o que aconteceria com você dependendo das suas atitudes se você vivesse sob um regime militar. Acesse.

Impeachment

Nessa reportagem do Jornal El País, o processo de impeachment é explicado e as chances da Presidenta Dilma ter seu mandado impugnado são analisadas segundo a Constituição Brasileira.
Já a Revista Mundo Estranho organizou um artigo bem didático que explica o processo de impeachment do governo Collor em 1992. Entenda o caso lendo esta matéria.

Recomendamos uma pesquisa bem atenciosa sobre os temas propostos para uma boa formação cidadã com análise crítica sobre os fatos da atualidade. Continue nos acompanhando para receber sempre as melhores indicações de estudo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

QUÍMICA: OS PRINCIPAIS MODELOS ATÔMICOS

Ao falar em átomo, devemos primeiramente lembrar que ninguém nunca viu um! O átomo é uma entidade muito, muito, muito pequena. Com o passar dos anos, o conhecimento científico vai se acumulando e novas tecnologias vão sendo desenvolvidas, possibilitando ter uma noção cada vez mais clara de como é e como funciona o átomo.
É por haver essa “evolução” do conhecimento da estrutura atômica, que temos diversos modelos atômicos. Vários cientistas já propuseram modelos. Segundo o dicionário Oxford de Filosofia, o termo “modelo” pode ser definido da seguinte maneira:
Representação de um sistema por outro, usualmente mais familiar, cujo funcionamento se supõe ser análogo ao do primeiro.
Ou seja, cada modelo atômico é uma representação, uma simulação do que acredita-se ser o átomo.
Vamos, agora, entender os principais modelos atômicos já propostos.

Modelo atômico de Dalton

Para Dalton, o átomo era uma partícula maciça, esférica e indivisível. Para comparação, ele descrevia o átomo como uma bola de bilhar, só que bem menor, de dimensão microscópica.
Vale lembrar que o nome “átomo” significa não divisível (a=não; tomo=parte) e foi utilizado pela primeira vez na Grécia Antiga por dois filósofos, Leucipo e Demócrito.

Modelo atômico de Thomson

No final do século XIX, Thomson realizou um experimento no qual percebeu que todas as partículas estavam carregadas de cargas elétricas negativas. Dessa forma, ele havia descoberto os elétrons. Essa descoberta fez com que Thomson percebesse que o átomo era divisível. Como o átomo é eletricamente neutro, não tinha como ele ser constituído apenas por elétrons. Assim, Thomson propôs um modelo atômico no qual o átomo fosse uma esfera maciça e positiva, com elétrons de carga negativa distribuídos na esfera. Pela descrição, esse modelo foi apelidado de “pudim de passas”.

Modelo atômico de Rutherford

Rutherford trabalhava com o polônio, um elemento radioativo. Em experimentos com partículas alfa, Rutherford percebeu que os átomos deveriam estar concentrados em núcleos. Com isso, Rutherford propôs o seguinte modelo: “o átomo é formado por um núcleo pequeno, com carga positiva, no qual se concentra quase toda a massa atômica. Ao redor do núcleo estão os elétrons, de carga negativa.”
Para explicar porque os elétrons não eram atraídos para o núcleo, já que são eletricamente opostos, Rutherford propôs uma comparação com o sistema solar, no qual os elétrons estariam girando em torno do núcleo em órbitas circulares e em alta velocidade, sendo mantidos pela aceleração centrípeta. Porém, como uma carga elétrica irradia energia, o elétron em movimento perderia velocidade e “cairia” no núcleo.

Modelo atômico de Bohr

As problemáticas surgidas com o modelo atômico de Rutherford foram superadas com o modelo de Bohr, após Chadwick “descobrir” o nêutron utilizando o Princípio de Conservação da Quantidade de Movimento. No modelo de Bohr, o núcleo do átomo é formado pelos prótons de carga positiva e nêutrons de carga neutra. Ao redor do núcleo, os elétrons de carga negativa giram, distribuídos em camadas de energia.

Modelo quântico

Atualmente, um novo modelo atômico é considerado válido: o modelo quântico. Utilizando princípios da Física Quântica, alguns cientistas como Heisenberg, Schrödinger e Dirac, propuseram um modelo no qual não se tem certeza da localização do elétron, ou seja, este não tem um lugar fixo ao redor do átomo, sendo formada uma nuvem eletrônica que representa a probabilidade de se encontrar um elétron num determinado local do espaço. Para estudar esse modelo atômico, é necessário um alto conhecimento de cálculo e física quântica. Por isso, para o Ensino Médio, é suficiente saber o conceito geral do modelo quântico, sendo que o principal modelo estudado é o de Bohr.

05 CRITÉRIOS QUE TODA REDAÇÃO DEVE ATENDER

Em relação a prova de produção textual, é fundamental que o candidato tenha em mente, durante todo o ano, cinco critérios que toda dissertação-argumentativa deve atender: adequação à proposta; tipo textual; coerência; coesão e modalidade.

O critério adequação à proposta diz respeito ao nível de leitura e de interpretação da proposta de redação e o seu respectivo desenvolvimento. Deste modo, o candidato deve buscar compreender completamente o que a proposta de redação está pedindo e, portanto, atendê-la e não fugir do tema e sim mostrar entendimento da sua complexidade. Além disso, deve haver um projeto de texto organizado e planejado pelo qual o candidato revela seu repertório cultural.
Já o critério tipo textual refere-se ao cumprimento da estrutura e dos objetivos do tipo textual requerido pela proposta de redação. O candidato deve estudar a dissertação-argumentativa a fim de compreender a sua organização estrutural e as suas características discursivas para escrever um texto autoral e autônomo.

O critério da coerência, por sua vez, é importante, pois aborda as relações lógicas internas e externas à redação. As relações de sentido devem estar de acordo com as coerências internas e externas ao texto, isto é, a dissertação-argumentativa deve ser verossímil e não pode conter contradições.

O quarto critério, o da coesão, fundamenta-se em dois aspectos: na leitura do texto e nos elementos coesivos (pontuação, pronomes, advérbios, verbos, conectivos, preposições etc). Neste critério, o candidato deve demonstrar o maior domínio possível destes recursos coesivos com um encadeamento progressivo entre todas as partes do texto, desde as frases até os parágrafos (paragrafação).

E, finalmente, o critério da modalidade também fundamenta-se em dois aspectos: vocabulário e uso da linguagem (concordância verbal e nominal, acentuação, ortografia, uso da crase etc). O candidato deve demonstrar um vocabulário amplo e diversificado e precisão vocabular, ou seja, deve saber empregar, corretamente, os vocábulos. Em relação ao uso da linguagem, deve haver o maior domínio possível deste aspecto; quanto menos desvios, maior será a nota da redação, principalmente no Enem.

Estes cinco critérios são de extrema importância para quem está estudando e se preparando para vestibulares e para o Enem e para demais provas que requerem, nas suas propostas de redação, dissertações-argumentativas. É fundamental que, ao longo de todo este ano, o candidato os tenha em mente ao ler e escrever suas propostas de redação.

QUESTÃO DE GEOGRAFIA NO ENEM: RELAÇÕES ÉTNICAS-RACIAIS

Recentemente, propomos aqui um estudo sobre as relações étnico-raciais que constituíram o Brasil e tratamos da importância do tema para o Enem, já que o ensino da História da África e da Cultura Afro-Brasileira é obrigatória por lei nos currículos escolares.
Como prometido, trazemos hoje uma questão do Enem 2014 sobre o tema. Leia com atenção e tente resolver. Depois disso, confira a resolução completa do professor Bruno Picchi, formado em Geografia na UNESP.
Enem 2014 – Caderno Amarelo – Questão 1
Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos — para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado).
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a
a) práticas de valorização identitária.
b) medidas de compensação econômica.
c) dispositivos de liberdade de expressão.
d) estratégias de qualificação profissional.
e) instrumentos de modernização jurídica.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS
Alternativa A
O parecer CNE/CP n° 3/2004 é um documento que evidencia o caráter político engajado na valorização das identidades do leque étnico-racial que compõem a cultura brasileira de modo lato sensu. Esse fragmento apresenta uma grande diversidade de palavras e trechos que corroboram com a alternativa correta (letra A, “práticas de valorização identitária”), como “políticas de ações afirmativas”, “descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos” e, principalmente, na parte sobre a formação de atitudes e “posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial”.
De modo geral, essa pergunta trata da valorização de nossas matrizes culturais, com destaque às matrizes europeia, negra e indígena, no processo de reconhecimento e pertencimento dos cidadãos. Também vai no sentido da criação de um respeito e valorização de manifestações étnicas tidas como minoritárias ou historicamente não valorizadas. Um exemplo é o dever por parte dos professores em trabalhar o tema África no ensino básico através de uma normativa do Ministério da Educação.
A alternativa E, “instrumentos de modernização jurídica”, é uma distratora perigosa, que pode induzir o candidato em razão do fragmento da questão ser um parecer do Conselho Nacional de Educação e, principalmente, por tratar de “direitos garantidos” para a “construção de uma nação democrática”. Vale ressaltar que essa alternativa é errada em razão deste parecer ter uma natureza política, e não jurídica.

PONDERAÇÃO NA REDAÇÃO DO ENEM

Atualmente, nas principais redes sociais da internet, podemos observar e participar de debates e discussões acaloradas sobre os mais variados assuntos. O advento da tecnologia digital e virtual nos proporcionou uma acelerada e contínua atualização de informações e notícias, regionais, nacionais e internacionais, em tempo real; mal aconteceu alguma coisa, já ficamos sabendo.
Por meio destas conversas nas redes sociais e lendo os comentários de internautas em notícias, artigos de opinião e outros gêneros, podemos notar como a colaboratividade e a interatividade estão presentes no mundo virtual; podemos trocar ideias com familiares, amigos e até desconhecidos e esta é uma das principais características da contemporaneidade.
Porém, como tudo possui um lado negativo, o que mais lemos ultimamente, tanto em redes sociais como em comentários de leitores, são opiniões generalizadoras, desrespeitosas e radicais que expressam o quanto as pessoas estão intolerantes e professando discursos de ódio.
Para alertar os candidatos ao ENEM 2015 sobre este perigo ao opinar em relação a um tema que escrevemos este texto de hoje, pois receamos que algumas pessoas tenham esse mesmo comportamento na prova de redação.
Normalmente, os ânimos esquentam ao discutirmos assuntos polêmicos, como por exemplo, os que envolvem política, religião e saúde, mas temos a impressão que, hoje em dia, em qualquer debate, acerca de qualquer tema, isso está acontecendo. Ninguém mais respeita a opinião de ninguém e não conseguimos discutir de modo saudável, ponderando e tendo bom senso.
Ponderação e bom senso são as palavras-chave tanto para debates quanto para se escrever uma redação no Enem ou em qualquer outro vestibular. É necessário mostrar respeito pela opinião alheia e paciência para ouvir e ponderar o que o outro pensa e para argumentar contrariamente se este for o caso.
Posicionamentos intolerantes só demonstram desprezo e indiferença pelo outro e pelos seus pensamentos e sentimentos e, normalmente, são acompanhados pela falta de educação.
Ao opinarmos, devemos ser, além de respeitoso e ponderados, polidos, ou seja, educados; precisamos saber medir as nossas palavras e não ser grosseiros. Na redação do Enem, isso é julgado na competência que avalia o respeito aos direitos humanos: qualquer sinal de racismo, machismo, homofobia, misoginia (ódio ou aversão às mulheres) e/ou demais intolerâncias desrespeita os direitos humanos, algo crucial na correção da redação do Enem.
Portanto, tanto na rede real e na virtual quanto no Enem é preciso ponderação, bom senso e respeito para com a opinião do outro.

quinta-feira, 5 de março de 2015

DIVULGAÇÃO DOS ALUNOS NOS VESTIBULARES EM 2014

Depois de muito estudo, muito suor e lágrimas, o grande momento chegou! É tempo de comemorar mais um sonho realizado. Hoje é com muita alegria e satisfação que a escola E.E.F.M. Custódio da Silva Lemos divulga os nomes dos alunos aprovados em 2014 nos vestibulares promovidos pelas Universidades mais concorridas do estado do Ceará. Para nós que acompanhas as suas trajetórias e esforços para chegar até aqui, desejamos muita garra e determinação para iniciar essa nova caminhada. Sabemos que suas aprovações não foram por sorte, nem por acaso. É o resultado de muito esforço, empregado em sua busca incansável pela realização de um sonho. Após essa conquista, muitas outras virão, as quais temos certeza que serão igualmente realizadas e comemoradas com a mesma força e entusiasmo que são próprios de vocês.
 
Nome: Alexsandra Oliveira Barbosa
Curso Superior: Química.
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Nome: Dulciana Lima de Almeida
Curso Superior: Química.
Universidade Estadual do Ceará - UECE








Nome: Fabiana Cardoso da Silva
Curso Superior: Educação Física.
Universidade Estadual do Acaraú - UVA                                      
 Nome: Bruna Cruz da Silva
 Curso Superior: Pedagogia.
 Universidade Estadual do Acaraú - UVA
 Nome: Roberta Oliveira Silva
 Curso Superior: Processos Gerenciais
 Faculdade Integrada do Ceará - Estácio - FIC (PROUNI)
 Nome: Raquel Oliveira Silva
 Curso Superior: Gestão de Recursos Humanos - Tecnológico
 Faculdade Cearense - FAC (PROUNI)
Nome: Maria Alyne da Silva 
Curso Superior: Pedagogia
Universidade Vale do Acaraú

Nome: Raquel Sousa da Silva
Curso Superior: Química
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Nome: Antônio Alisson de Lima Silva
Curso Superior: Engenharia Elétrica

 
 Universidade de Fortaleza - UNIFOR







                                   

Nome: Francisco Wildson Silva Maia
Curso Superior: Letras- Português
Universidade Estadual do Ceará - UECE








Nome: Nayane Oliveira Rodrigues
Curso Superior: Química
Universidade Estadual do Ceará - UECE