Ao falar em átomo, devemos
primeiramente lembrar que ninguém nunca viu um! O átomo é uma entidade
muito, muito, muito pequena. Com o passar dos anos, o conhecimento
científico vai se acumulando e novas tecnologias vão sendo
desenvolvidas, possibilitando ter uma noção cada vez mais clara de como é
e como funciona o átomo.
É por haver essa “evolução” do
conhecimento da estrutura atômica, que temos diversos modelos atômicos.
Vários cientistas já propuseram modelos. Segundo o dicionário Oxford de
Filosofia, o termo “modelo” pode ser definido da seguinte maneira:
Representação de um sistema por outro, usualmente mais familiar, cujo funcionamento se supõe ser análogo ao do primeiro.
Ou seja, cada modelo atômico é uma representação, uma simulação do que acredita-se ser o átomo.
Vamos, agora, entender os principais modelos atômicos já propostos.
Modelo atômico de Dalton
Para Dalton, o átomo era uma
partícula maciça, esférica e indivisível. Para comparação, ele descrevia
o átomo como uma bola de bilhar, só que bem menor, de dimensão
microscópica.
Vale lembrar que o nome “átomo”
significa não divisível (a=não; tomo=parte) e foi utilizado pela
primeira vez na Grécia Antiga por dois filósofos, Leucipo e Demócrito.
Modelo atômico de Thomson
No final do século XIX, Thomson
realizou um experimento no qual percebeu que todas as partículas
estavam carregadas de cargas elétricas negativas. Dessa forma, ele havia
descoberto os elétrons. Essa descoberta fez com que Thomson percebesse
que o átomo era divisível. Como o átomo é eletricamente neutro, não
tinha como ele ser constituído apenas por elétrons. Assim, Thomson
propôs um modelo atômico no qual o átomo fosse uma esfera maciça e
positiva, com elétrons de carga negativa distribuídos na esfera. Pela
descrição, esse modelo foi apelidado de “pudim de passas”.
Modelo atômico de Rutherford
Rutherford trabalhava com o
polônio, um elemento radioativo. Em experimentos com partículas alfa,
Rutherford percebeu que os átomos deveriam estar concentrados em
núcleos. Com isso, Rutherford propôs o seguinte modelo: “o átomo é
formado por um núcleo pequeno, com carga positiva, no qual se concentra
quase toda a massa atômica. Ao redor do núcleo estão os elétrons, de
carga negativa.”
Para explicar porque os
elétrons não eram atraídos para o núcleo, já que são eletricamente
opostos, Rutherford propôs uma comparação com o sistema solar, no qual
os elétrons estariam girando em torno do núcleo em órbitas circulares e
em alta velocidade, sendo mantidos pela aceleração centrípeta. Porém,
como uma carga elétrica irradia energia, o elétron em movimento perderia
velocidade e “cairia” no núcleo.
Modelo atômico de Bohr
As problemáticas surgidas com o
modelo atômico de Rutherford foram superadas com o modelo de Bohr, após
Chadwick “descobrir” o nêutron utilizando o Princípio de Conservação da
Quantidade de Movimento. No modelo de Bohr, o núcleo do átomo é formado
pelos prótons de carga positiva e nêutrons de carga neutra. Ao redor do
núcleo, os elétrons de carga negativa giram, distribuídos em camadas de
energia.
Modelo quântico
Atualmente, um novo modelo
atômico é considerado válido: o modelo quântico. Utilizando princípios
da Física Quântica, alguns cientistas como Heisenberg, Schrödinger e
Dirac, propuseram um modelo no qual não se tem certeza da localização do
elétron, ou seja, este não tem um lugar fixo ao redor do átomo, sendo
formada uma nuvem eletrônica que representa a probabilidade de se
encontrar um elétron num determinado local do espaço. Para estudar esse
modelo atômico, é necessário um alto conhecimento de cálculo e física
quântica. Por isso, para o Ensino Médio, é suficiente saber o conceito
geral do modelo quântico, sendo que o principal modelo estudado é o de
Bohr.
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