quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A Estética da Redação no Enem


Treinar Redação

Em nossa coluna sobre a redação no Enem, abordamos questões complexas como organização, planejamento, cumprimento do tema, domínio da dissertação-argumentativa, coesão, coerência, norma culta da Língua Portuguesa, fluidez e por aí vai. Assim, algumas vezes, nos esquecemos de prestarmos atenção em detalhes estéticos que podem parecer banais, mas que no fundo também contribuem muito para com um bom desempenho em uma prova de produção textual.
Desde o momento em que somos alfabetizados, a professora do Ensino Fundamental nos lembra de escrevermos com letra legível, a não sujar a folha do caderno (algumas até proíbem o uso de corretivos quando os alunos passam a escrever à caneta), a rasurar o menos possível o texto, a obedecer as margens e as linhas e a respeitar o limite de linhas imposto.
Tudo isso pode parecer bobagem ou ter menos importância, mas na realidade conta muito e diz bastante sobre o autor de uma redação. A letra legível, de fôrma, técnica ou cursiva, é fundamental para que o leitor compreenda o que está escrito e em uma situação de avaliação oficial, como no Enem e nos demais vestibulares, é essencial para que a correção seja feita integralmente, pois o corretor não tem todo o tempo de mundo para tentar adivinhar o que está escrito se a letra não é legível; ele simplesmente vai pular aquela palavra indecifrável e seguir em frente.

 Já as questões da sujeira e das rasuras dizem respeito ao cuidado e à atenção empregadas pelo candidato no momento da escrita da redação. Muitas pessoas, pelo nervosismo, ansiedade e pressa, acabam escrevendo errado por pura falta de atenção, o que acarreta em perda de pontos na competência número um que avalia o domínio da norma culta da língua em sua variedade escrita formal. Além disso, eventuais sujeiras e rasuras podem atrapalhar a leitura do corretor, assim como a letra ilegível, e não é possível fazer mais nada se ambos os corretores tiveram dificuldades para ler o texto.
Em relação à obediência às margens da folha definitiva, é curioso como muitos candidatos não aproveitam todo o espaço disponibilizado ao não escrever até o fim da margem direita, o que pode acarretar em outro grave problema: extrapolar o limite de 30 linhas. Corretores de vestibulares são orientados pela banca elaboradora a não considerarem o que está escrito além do limite estipulado e textos que ultrapassam as 30 linhas, escrevendo nas margens, no verso da folha ou embaixo serão muito prejudicados. Sabemos que, dependendo do tema, a vontade é a de escrever sobre muitas coisas e mostrar conhecimento, mas aqui planejamento e organização são fundamentais.
Outro detalhe que muitos se esquecem: o texto deve ser escrito à tinta, ou seja, à caneta. Textos escritos à lápis não são corrigidos em vários vestibulares e em concursos públicos.
Esperamos que, com esse texto, essas questões estéticas sejam relembradas por nossos leitores e postas em prática.


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